terça-feira, 28 de outubro de 2008

86400 #1

Todo mundo diz que tempo é dinheiro, tempo é vida, tempo...

Tempo é tempo.

Ele passa mais rápido ou mais devagar conforme você o vive. Em Londres, também conhecido como AQUI, o tempo corre se você deixar.

É por isso que eu hoje decidi usar cueca, calça jeans e uma blusinha regata que valoriza o peitoral e corri para o metrô. Hoje tem festa Madchester. Vocês ACHAM que eu vou perder?

A vida anormal de um sujeito normal - capítulo 4

- Meus caros irmãos, estamos aqui hoje não em alegria, mas em profunda tristeza...
- BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ
- ...para velar o corpo de Dráusio, nosso amigo e membro de nossa comunidade, que infelizmente nos deixou sob condições a investigar.

No fundo da capela, dois dragonetes conversam baixo.
- Investigar?
- Os CSIs já estão tentando saber a marca do pneu.

-Rezamos então para Tiamat para que aceite a alma de nosso irmão na paz de seu fogo, digamos Amém.
-AMÉM!

Todos acendem seus charutos e prometem vingança. Enquanto isso, Bia e Beto chegam na Avenida Paulista.

- Beto, você não disse que veríamos mortos-vivos?
- Ué, e eles... Droga! Eu cheguei uma semana antes e vim parar na Silly Walk! D´oh!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A vida anormal de um sujeito normal - capítulo 3

- ...certeza que era um dragonete?
- Absoluta. Eu trabalho com essas coisas, conheço um dragonete morto só pela fumaça.
- E o que você fez com ele?
- Enterrei no cemitério da igreja mais próxima, com funeral rezado em latim e o cacete. Acorda, Bia! Larguei o bicho morto na estrada, o que você queria que eu fizesse? Sabe se tem alguma maldição sobre matar dragonetes?
- Deixa ver...matar quimeras te faz ouvir os lamentos dos condenados, matar fadas acaba com a sua fé na vida...não, acho que não tem nada sobre dragonetes.
- Me lembra de confirmar. Você tem algum cigarro aí? Os meus acabaram.
- Eu não fumo há pelo menos trezentos anos. Esse é o tipo de vício que perde toda graça sem o sentimento de autodestruição.
- Eu que o diga.
- Agora esquece isso e entra no carro. Vou te levar para um lugar que você vai adorar.
- Vai ter mortos-vivos lá?
- Alguns.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

COMUNICADO Schias CG - Normas Ortográficas

O Governo Federal Brasileiro instituiu oficialmente uma reforma ortográfica, que passará a valer como oficial em 01/01/2009 e a que todos deverão se adaptar até 31/12/2012.

Visto isso, o Schias Communication Group decide primar pelo pioneirismo, tomando a decisão de, a partir de agora, já buscar instaurar as novas regras em seus trabalhos, buscando uma padronização para já fazer valer as novas regras.

Entre as novas regras estão a oficialização das letras K, W e Y no alfabeto, a extinção da trema e da acentuação nos ditongos AI e OI em palavras paroxítonas.

Em relação ao San Angeles Duo, a mudança não será drástica, mas gradativa, com o desenvolvimento dos textos.

Com isso, a marca Schias! e seus amigos se colocam a frente de uma mudança histórica na língua portuguesa.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A vida anormal de um sujeito normal - Capítulo 2

- Oi, mãe.

É, ele está vindo me buscar. Não, mãe, eu não o mordi ainda. O que? Não, nada de hippies. Acha que eu esqueci? Eu prefiro confiar no Beto, porque ele pega sangue AB... hmmm... Docinho...

Provavelmente a mãe dele está se cobrindo de crucifixos e alho. Espero que ele a avise do alho. A mãe dele tem a tendência de causar desastres. Sempre que eu pergunto de uma tal de Talita, ele desconversa. Eu queria que ele confiasse mais em mim...

Com o que ele trabalha? Ele é funcionário público. Repartição. Bem chato MESMO. Ele fala que sempre estão as mesmas pessoas fazendo as mesmas reclamações e... Mãe, ele chegou. Preciso desligar. Peraí.

Oi, amor. Amor, que sangue verde é esse na roda?

O que, mãe? Preciso ir, beijo!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A vida anormal de um sujeito normal - Capítulo 1

Começando a primeira história do San Angeles Duo, uma idéia que eu tive já há alguns meses. Vamos ver o que conseguimos criar a partir dela.

– Oi, mãe. Tô no caminho já. Na verdade, primeiro eu vou buscar a Bia e depois nós dois vamos praí. Não, mãe, não tem perigo. Eu já expliquei pra senhora, ela não morde ninguém desde os anos 70. Trauma dos hippies, ela diz. Não, mãe, ela não disse que a senhora não lava o pescoço. É só que...banco de sangue. Tem um escravo dela que trabalha na Pró-Sangue, ela consegue fácil. Tá, se a senhora faz tanta questão pode levar o crucifixo...mas não adianta nada. É psicológico, e 100 anos de terapia ajudaram a Bia a superar o medo de cruzes. Água benta também não, mãe. Ah! Não esquece de não pôr alho na comida. Mãe, eu sei que o papai adora alho, mas a senhora não vai querer fazer minha namorada derreter no meio do jantar, vai? Já basta o que a senhora fez com a Talita. Mãe, eu tinha explicado pra senhora que ela era vegetariana. Claro que existem zumbis vegetarianos, mãe...só na minha lista de contatos de e-mail tem três. É, os canibais não gostam muito deles, por isso eles acabam meio que se isolando. Como foi hoje no trabalho? Ah, o de sempre: múmias processando arqueólogos por invasão de domicílio, bichos falantes, deuses gregos reclamando que foram descaracterizados no último filme da Disney...mãe, tenho que desligar. É claro que eu tô no viva-voz, mãe, é que tem alguma coisa caída na estrada. Não sei, talvez um goblin ou um dragonete. É, ou talvez seja só uma pedra. Seja como for, eu não vou conseguir passar se não tirar o que quer que seja da frente. Outro, mãe. Tchau.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

TESTE

CHEEEEEEECK MY MACHIIIIIINE

sábado, 19 de julho de 2008

So a paper boy approaches The Butcher.

- Good morning, Mr. Butcher, sir.
- Morning indeed.
- Are you some kind of... busy?
- Indeed I am.

The Butcher was truly busy. He was slicing a cow, or what was used to be a cow.

- I wonder if Millicent is home.
- Nah. Millicent is at school, the place you should be by now.
- I have no family, so I have to work for a living, you know well.
- No I do not, but do not care either.

Millicent arrives.

- Oh, hello, Ernest.
- Hello, Ms. Millicent, Millicent Pinch.
- Were you waiting for me?
- Yes he was - interrupted the Butcher.
- So I think I should get some tea for you. Come.

Millicent and Ernest entered the house. Ernest couldn´t ignore the blood on the window. From the inside.

domingo, 13 de julho de 2008

- Of course Mr. Butcher.

The Butcher real name was Leonard Pinch but he seems to believe that Leonard was not a suitable name for a butcher.

Only one person used to call the butcher Leonard and that person was the long gone mother of the girl named Milliecent.

Everyday Mr. Pinch left for work right after Millie and the house was left alone, people used to say they could her Mrs. Pinch cleaning the house inside and Millie never stoped to ask for her mother when she got home from school.

There was a rumor that the little girl with the spike dark hair was a bit strange, a bit unusual but no one dared to ask the butcher about it.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

THE STORY OF MILLICENT PINCH

- I do not think you have some choice, Mr. Stewart.
- Oh. What unusual.

Millicent Pinch was a little girl that lived in a small city, and used to go to school in the morning.

Leaving her house, she always greets the birds.

- Hello, birds! What a beautiful day! Hello, Mr. Stewart!

Mr. Stewart sees Millie.

- Good day, Millie.

A man covered in blood leaves the house.

- What a unpleasant sight! Mr. Stewart!
- Hello, Mr. Pinch.
- Call me the butcher, would ya?
Things started to shake and the dust covered every single inch of the heavy air inside the shop and when Mr. Stewart opened his eyes again there were a tall man in front of him.

- Oh well, Hello again Mr. Stewart.

The old man opened his month to speak and stoped it, his bright blue eyes almost closed with his mad expression.

- Look what you've done!

He said mad and point out to an old and dusty book that had fallen open to the ground close to then, in the cover of the book was the name 'The story of Millicent Pinch'.

- My other self just pointed out the truth.
- That's not something we do around here.
- I'm here to ask questions Mr. Stewart
- I prefer your other self.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

The boy stops stuttering.

- Why Constantinopla? Because my father said so!
- How is that? Did you say your father told you to ask for Constantinopla?
- My father and myself know your secrets, dare Mr. Stewart. I know about the Baker Street. I know about Deborah. And I know this girl, "Millie", does not exist.

Millie looks at the boy.

- I-I don´t exist?
- Yes. I am sorry.

Millicent starts to cry.

- Look what you done, silly boy!
- I have done nothing. We do not exist as well.

domingo, 6 de julho de 2008

- Very intersting question!

A girl appears out of nowhere holding boxes of strange looking board games and she is even more dusty than the rest of the store.

The boy stares at her and then back at Mr. Stewart.

- Well Millicent, let the boy find out for himself.

- I prefer Millie you know - says the girl with the same unconcerned smile.

Mr. Stewart looked ugly at her and then starts to blow the dust off the piece of paper and with the same serious look, put the piece of paper in front of the boy that starts to open his mouth to speak.

- Is this really a ti-

- Why Constantinopla?
The boy enters the shop carefully. Mr. Stewart just watches every step of him.

- Uh...
- Yeeeeeeees?, says the curious Mr. Stewart.
- Uh...

The boy goes to a part of the shop full of post cards.

- Do you have post cards of Constantinopla?
- Yes, I do have.
- And do you have a ticket to Constantinopla?

Mr. Stewart gets serious, gets down and comes with an old, dusty book. He takes some of the dust off, and opens the book, from where he takes a piece of paper.

- Well, my boy, you´re the second one to ask that.
- A-And what happened to the first one?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

- Hello, Mr. Stewart.
- Hello, humble boy. Welcome to my shop.